Adeus Martinho! Olá Primavera!
Vai. Adeus. Não te demores.
Leva a chuva. A borrasca. E a tristeza.
Afasta a preocupação. O incerto. E a destruição.
Afugenta o medo das crianças que acordaram com o teu bufar.
E deixa-te morrer por aí - onde não possas magoar.
Quero largar o desânimo.
Rasgar o desalento.
Esquecer-me de ti.
Vai. Adeus. Mas deixa a porta aberta.
Para que a cor e a alegria saibam onde devem entrar.
E com elas, a Primavera.
As asas das andorinhas.
As pétalas das flores.
Quero ver renascer a inspiração.
A alegria de viver.
E a satisfação de escrever o mundo com infinitas tonalidades.